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Atualizado: 23 de out. de 2018

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Os portugueses têm uma das taxas de Poupança mais baixas da União Europeia apesar do rendimento disponível ter vindo a aumentar. As reduzidas taxas de juro dos depósitos a prazo não apelam à poupança. Onde colocar o seu dinheiro? Vale a pena assumir risco e apostar em ações, fundos de investimento, ouro ou imobiliário?

O rendimento disponível dos portugueses aumentou substancialmente em 2017. Para o próximo ano irá crescer ainda mais. As alterações do IRS previstas no Orçamento do Estado irão disponibilizar às famílias mais 645 milhões de euros. Em apenas dois anos, foi devolvido aos portugueses cerca de metade do dinheiro que lhes tinha sido retirado pelo “enorme aumento de impostos“ de Vítor Gaspar.

Apesar deste crescimento do rendimento disponível, o que, segundo o Instituto Nacional de Estatística, se deveu à diminuição de 7,7% dos impostos sobre o rendimento (nomeadamente a redução gradual da sobretaxa do IRS) e ao aumento de 1,1% das remunerações recebidas, a taxa de poupança em Portugal teima em manter-se como uma das mais baixas da União Europeia, só à frente da Grécia e da Polónia.

No segundo trimestre deste ano, a taxa de poupança situava-se nos 5,2%, muito abaixo da média dos 19 países do euro, que está nos 12,1%, e incomparavelmente inferior à dos alemães, acima de 17%, ou dos franceses que se situa nos 14 cento.

Os depósitos a prazo, um dos produtos financeiros mais utilizados pelas famílias para guardar as suas poupanças, registaram uma quebra de 570 milhões de euros em agosto, face a igual mês do ano passado. E a razão é simples. Estes produtos estão a pagar cada vez menos juros a quem lá coloca o dinheiro. O Banco Central Europeu esclareceu, num estudo divulgado há cerca de uma semana, que “a taxa de juro média paga pelos bancos portugueses nas novas aplicações em depósitos a prazo atingiu, em agosto deste ano, um mínimo histórico de 0,24%”.

Com taxas tão baixas, os depósitos a prazo deixaram de ser opção para quem quer poupar e ter algum retorno dessa poupança.

E quais as alternativas? Existem várias. Dentro de um parâmetro de baixo risco, os títulos do Tesouro estão bem mais atrativos pois oferecem uma remuneração bruta de 1,25% no primeiro ano e de 2,25% nos prazos mais alargados. Com estas taxas, os Certificados do Tesouro conseguiram captar 14 mil milhões de euros das poupanças dos portugueses.


Onde investir


Há ainda quem opte por colocar o dinheiro em depósitos complexos, que não são mais do que depósitos a prazo que apostam em determinados mercados, como ações, moeda ou matérias primas. Ou seja, a sua rentabilidade está dependente da evolução de outra variável económica ou financeira. Na sua maioria, os bancos garantem que o investidor não perde o seu dinheiro. Na pior das hipóteses terá rendimento zero. Em 2015, por exemplo, um em cada depósito complexo teve rendimento nulo para quem os subscreveu.

Entre os investimentos mais tradicionais temos o imobiliário. Sempre foi uma alternativa para quem tem poupanças e quer ganhar algo mais do que os bancos pagam pelos depósitos a prazo. É um mercado volátil, mas os preços tendem, num espaço temporal alargado, a subir. Atualmente, os imóveis estão com preços elevados. Podem subir mais, mas também podem estar no topo de uma bolha.

A pressão sobre os preços dos imóveis deve-se sobretudo à enorme procura de casas para arrendamento de curta duração para turistas. Alguns bairros históricos de Lisboa e Porto viram os preços por metro quadrado duplicar nos últimos anos.

E este fenómeno não se verifica apenas em Lisboa e Porto. Alastra-se a outras grandes cidades do País, como Faro, Braga, Coimbra e Évora. Faro, por exemplo, viu os preços das casas disparar 12% ao longo deste ano. Segundo o INE, em Portugal o preço médio dos imóveis aumentou 7,1% entre 2015 e 2016. Os dados para 2017 ainda não foram divulgados mas poderão superar o valor do ano passado, o que torna este setor um investimento bastante apelativo. Pelo menos por enquanto.

Mais risco?


Existem outros produtos financeiros que podem trazer um retorno maior. Mas tem de ter cuidado. Muito cuidado. Quanto maior o rendimento, maior o risco associado.

Apostar em ações é um dos investimentos mais recorrentes de quem tem poupanças e pretende ganhar algum dinheiro extra. O principal índice da Bolsa de Lisboa, o PSI 20, já valorizou 16,5% desde o início do ano. Uma taxa de rendimento bastante apelativa. No entanto, nem todas as ações que compõem este índice subiram desta forma. Saber quais as ações a comprar pode ser uma dor da cabeça para o aforrador comum.

O ouro, aquele que é o investimento de refúgio nas alturas de crise, também tem estado a evoluir favoravelmente. Ao longo deste ano o preço da onça de ouro valorizou-se 10,7 por cento.

Para quem queira investir na bolsa, mas em produtos mais seguros que as ações, as obrigações poderão ser uma boa alternativa. No entanto, convém fazer as contas antes de investir.

As obrigações estão sujeitas a vários impostos. Por vezes, para quem faz aplicações baixas, até cinco mil euros, os impostos e as taxas de custódia de títulos cobradas pelos bancos podem levar todos os juros que conseguiu amealhar com a sua poupança.

Se estiver mesmo disposto a correr mais riscos para ver as suas poupanças crescer, uma das soluções é recorrer a profissionais que apenas fazem gestão de ativos. Os fundos de investimento podem ser uma boa opção. Mas, mais uma vez, um fundo de investimento não é uma garantia de rentabilidade. E há fundos para todos os gostos e para os mais variados graus de risco que pretende correr. É uma questão de escolher e “rezar” para que o seu dinheiro trabalhe para si.

Poupam os ricos


Um estudo recente do Banco de Portugal mostra que em Portugal poupa quem pode e não quem quer. Os 20% da população com maior rendimento são responsáveis por mais de 80% da poupança das famílias portuguesas.

Esse mesmo grupo poupa, em média, cerca de um terço do seu rendimento disponível. Segundo o mesmo estudo, a principal razão que leva os portugueses a poupar dinheiro prende-se com proteção ou acontecimentos inesperados, Mais de 60% dos aforradores evoca esta razão. Cerca de 57% (as percentagens ultrapassam os 100% porque cada família poderia escolher vários motivos para poupar) admite fazer provisões para a velhice. Com cerca de 45% de respostas está a poupança para educação de filhos ou netos.

A análise do Banco de Portugal refere ainda que o nível de escolaridade também tem influência no nível de poupança das famílias. A população que tem um curso superior tem, em média, uma taxa de poupança mais elevada do que aqueles que apenas têm o ensino básico.

Neste estudo, que avalia a evolução da taxa de poupança desde que Portugal entrou no euro, mostra ainda que os portugueses reduziram drasticamente a suas poupanças desde que o País aderiu à moeda única. Em 1998 tínhamos uma taxa de poupança de 12,2% e agora estamos pouco acima dos 5 por cento. Em termos de valor, os portugueses poupavam em 1998 quase 10 mil milhões de euros e, atualmente, põem para o lado pouco mais de 7 mil milhões de euros. Não parece uma grande descida, mas, na altura, o rendimento disponível era de 77 mil milhões e, atualmente, ultrapassa os 125 mil milhões de euros.

Os portugueses poderiam poupar mais, mas, a avaliar por este estudo, poupar, em Portugal ainda pode ser considerado um bem de luxo.


Artigo publicado na VISÃO 1286 de 26 de outubro

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